Versão de 'Na estrada' tem mesmo espírito do livro, diz Walter Salles
Filme baseado na obra de Jack Kerouac estreia nesta sexta-feira (13).
Kristen Stewart, de 'Crepúsculo', e a brasileira Alice Braga estão no elenco.
Desde 1979, quando o cineasta Francis Ford Coppola adquiriu os direitos cinematográficos do livro "On the road", foram várias as tentativas de levar a cultuada odisseia do escritor Jack Kerouac pelo interior dos Estados Unidos às telas. Nestes mais de 30 anos, o projeto chegou a passar pelas mãos de diretores como Jean-Luc Godard e Gus Van Sant e dos roteiristas Barry Gifford e Roman Copolla (filho da Francis), até cruzar o caminho do brasileiro Walter Salles. A espera pela adaptação da bíblia beat, que formatou a cabeça de gerações de jovens, chega ao fim para os brasileiros nesta sexta (13), quando chega aos cinemas o longa "Na estrada". Mas como encarar a ansiedade e e a responsabilidade de contar uma história tão conhecida e admirada?
A sensação não é nova, relembra o cineasta citando o longa "Diários de motocicleta", de 2004. "Imagine o que representa fazer um filme sobre um momento tão emblemático da vida do jovem Ernesto Guevara que, junto com Alberto Granado, atravessa a América Latina e decide o próprio futuro. Com 'Na estrada', o processo é semelhante. As pessoas que leram o livro têm uma ideia de como esses personagens devem ser e se perguntam: ‘Será que no filme esses atores preenchem essas expectativas?", indaga o brasileiro. "Porque era muito importante que fizéssemos um filme que respeitasse o espírito do livro”, destaca.
"Foi muito fácil de trabalhar com ela. Acho que Kristen tinha consciência do que o papel pedia. Não foi difícil em nenhum momento, não disse 'não' para nada. Ao contrário, estava ali pronta para tentar realmente encontrar a cada take alguma coisa que pudesse ser mais interessante do que no anterior”, conta Salles.
Quem também está no elenco é a atriz brasileira Alice Braga. Como Terry, vive uma breve história de amor com o protagonista, nos campos de algodão da Califórnia. "Ela é uma jovem mulher, mãe solteira, que a vida fez amadurecer muito mais rápido do que normalmente seria. Ela é totalmente fora desse universo das da droga, da música, da experimentação e do desconhecido. Mas influencia Sal, nessa jornada de descobrimento, de uma outra forma. É o momento em que ele sai desse universo beat", explica a atriz.
A incursão de Walter Salles no universo de Jack Kerouac renderá ainda o documentário "Searching for On the Road", que relata o trabalho de pesquisa e documentação que precedeu as filmmagens. São mais de 100 horas de material gravado, que inclui entrevistas e cenas inéditas, que acabaram deletadas da versão final do longa.
"A ideia é fazer um documentário que seja independente do filme, que tenha uma vida própria. Conversamos com poetas como Ferlinghetti, Michael McClure e Diane di Prima, que eram amigos de Kerouac e o conheciam realmente bem, e com gente influenciada por essa geração, caso de Win Wenders, David Byrne e Lorrie Anderson", adianta o diretor.
"Você tem que lidar com a expectativa das pessoas e tentar fazer o melhor. No meu caso, mergulhei por oito anos numa pesquisa. Tentei entender o que estava por trás da obra do Kerouac, as motivações da geração dele. Conversei com vários personagens do livro que estavam e ainda estão vivos, e isso acabou formando uma base para adaptação. O resultado é um trabalho coletivo que a gente divide agora com o público. Então eu diria que a pressão é natural. O que torna a coisa mais difícil é exatamente o fato de ser a adaptação de um livro conhecido”, diz Salles em entrevista exclusiva ao G1.
A sensação não é nova, relembra o cineasta citando o longa "Diários de motocicleta", de 2004. "Imagine o que representa fazer um filme sobre um momento tão emblemático da vida do jovem Ernesto Guevara que, junto com Alberto Granado, atravessa a América Latina e decide o próprio futuro. Com 'Na estrada', o processo é semelhante. As pessoas que leram o livro têm uma ideia de como esses personagens devem ser e se perguntam: ‘Será que no filme esses atores preenchem essas expectativas?", indaga o brasileiro. "Porque era muito importante que fizéssemos um filme que respeitasse o espírito do livro”, destaca.
A atriz Kristen Stewart dança de forma sensual durante cena de 'Na estrada', que estrea nos cinemas brasileiros nesta sexta (Foto: Divulgação)
"Na estrada" traz Sam Riley no papel do protagonista Sal Paradise, uma versão do próprio Kerouac, cuja vida é transformada pela chegada de Dean Moriarty, vivido por Garrett Hedlund. Juntos cruzam os Estados Unidos numa viagem regada a álcool, drogas, jazz e sexo. Durante parte da empreitada, são acompanhados pela bela Marylou, interpretada por uma sexy e desinibida Kristen Stewart, a Bella da série "Crepúsculo", que protagoniza tórridas cenas de nudez."Foi muito fácil de trabalhar com ela. Acho que Kristen tinha consciência do que o papel pedia. Não foi difícil em nenhum momento, não disse 'não' para nada. Ao contrário, estava ali pronta para tentar realmente encontrar a cada take alguma coisa que pudesse ser mais interessante do que no anterior”, conta Salles.
Quem também está no elenco é a atriz brasileira Alice Braga. Como Terry, vive uma breve história de amor com o protagonista, nos campos de algodão da Califórnia. "Ela é uma jovem mulher, mãe solteira, que a vida fez amadurecer muito mais rápido do que normalmente seria. Ela é totalmente fora desse universo das da droga, da música, da experimentação e do desconhecido. Mas influencia Sal, nessa jornada de descobrimento, de uma outra forma. É o momento em que ele sai desse universo beat", explica a atriz.
A incursão de Walter Salles no universo de Jack Kerouac renderá ainda o documentário "Searching for On the Road", que relata o trabalho de pesquisa e documentação que precedeu as filmmagens. São mais de 100 horas de material gravado, que inclui entrevistas e cenas inéditas, que acabaram deletadas da versão final do longa.
"A ideia é fazer um documentário que seja independente do filme, que tenha uma vida própria. Conversamos com poetas como Ferlinghetti, Michael McClure e Diane di Prima, que eram amigos de Kerouac e o conheciam realmente bem, e com gente influenciada por essa geração, caso de Win Wenders, David Byrne e Lorrie Anderson", adianta o diretor.
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